Açúcar do amido pode ser solução barata e ecológica na extração do ouro


O uso de um determinado tipo de açúcar pode substituir o cianeto para extrair ouro ou recuperá-lo de componentes eletrônicos descartados a um preço módico e sem causar danos ao meio ambiente, afirmam cientistas que dizem ter descoberto por acaso essas propriedades surpreendentes de um derivado do amido.
A indústria mineradora recorre principalmente ao cianeto, uma substância extremamente tóxica, para dissolver o ouro e recuperá-lo por meio de filtragem.
Dessa forma são extraídos mais de 80% do ouro produzido em todo o mundo em processos que supõem riscos ambientais importantes e para a saúde humana em caso de vazamento.
 fevereiro passado, em uma metalúrgica do norte do Japão foi registrado um vazamento de cinco toneladas de resíduos com cianeto de sódio, quantidade suficiente para matar 125 mil pessoas. Felizmente, a neve absorveu grande parte desse vazamento.
"A eliminação do cianeto da indústria [do ouro] é de importância vital para o meio ambiente. Nós conseguimos substituir essas temidas substâncias por uma matéria branca, biologicamente inofensiva, derivada do algodão", resumiu Fraser Stoddart, um químico da Universidade Northwestern de Illinois, nos Estados Unidos.
A equipe de Stoddart assegura ter feito esta descoberta por acaso, tentando produzir em laboratório pequenas estruturas cúbicas capazes de armazenar gases ou outras moléculas.
Zhichang Liu, principal autor do estudo publicado nesta terça-feira (14) na revistaNature Communications, misturou o conteúdo de dois tubos de ensaio: um com alfa-ciclodextrina, um tipo de açúcar resultante da degradação do amido por uma bactéria, e o outro com uma solução que continha ouro. De forma inesperada, minúsculas agulhas se formaram rapidamente na mistura.
"A princípio fiquei decepcionado porque minha experiência não produzia cubos, mas, ao ver as agulhas, quis saber mais sobre sua composição", explicou o pesquisador em comunicado da Universidade.
As verificações revelaram que essas agulhas surpreendentes eram complexos de íons de ouro capturados por átomos, água e ciclodextrina.
"Zhichang encontrou uma fórmula mágica para isolar o ouro de qualquer outra coisa, e de forma ecológica", afirmou Fraser Stoddart.


Disponível em: http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2013/05/14/acucar-pode-ser-alternativa-ecologica-na-extracao-do-ouro.htm
Acesso em: 14 maio 2013.

Postado por: Mariane da Silva

Prédio na Alemanha é movido a algas e se torna capaz de gerar energia renovável


A alga é a mais nova aposta da construção sustentável. Prova disso é o primeiro edifício do mundo movido a algas, inaugurado em Hamburgo, na Alemanha. Por conta delas, o prédio será capaz de gerar biomassa como fonte de energia renovável.
Para abrigar as algas, a fachada do prédio foi “revestida” por grelhas, que permitem o crescimento acelerado das algas. Esse sistema é capaz de absorver CO2 e, por meio da fotossíntese, gerar uma biomassa.
A coleta desta biomassa é feita com permutadores de calor e armazenada numa instalação de biogás de metano próxima ao local. O material é, em seguida, novamente colocado no edifício e usado para aquecer o reservatório de água.
Segundo a Arup, responsável pelo projeto, é possível extrair cerca de 15 gramas de biomassa por dia de cada metro quadrado de fachada com alga. Por ano, essa quantidade diária de biomassa pode produzir cerca de 4.500 kWh de energia elétrica, o equivalente ao consumo médio de uma família de quatro pessoas.

Mais vantagens

Além da economia de energia, as algas instaladas no prédio também proporcionam um isolamento acústico, impedindo a entrada de ruídos, e também conseguem “resfriar” as paredes, mantendo uma temperatura baixa do edifício de uma forma natural, sem a necessidade de sistemas de ar condicionado.

Espera-se que a BIQ House, como foi chamado o projeto, seja um pontapé para outras empreitadas ecológicas. Em entrevista ao site Daily Mail, Simon O’Hea, um dos diretores da ação, disse que as fachadas de prédios serão muito mais que um simples revestimento. Elas serão responsáveis pela autossuficiência dos edifícios do futuro.


Disponível em:
http://www.swu.com.br/blog/2013/04/sustentabilizese/acreditesequiser/predio-na-alemanha-e-movido-a-algas-e-se-torna-capaz-de-gerar-energia-renovavel/
Acesso em: 20 abr. 2013.

Postado por: Mariane da Silva

Compostos petroquímicos são produzidos com óleo vegetal


Pesquisadores desenvolveram uma técnica capaz de produzir grandes volumes de matérias-primas químicas, hoje obtidas pelo processamento dos combustíveis fósseis, a partir do biocombustível líquido mais barato disponível atualmente.

O novo processo transforma óleos de origem vegetal nos mesmos materiais usados na fabricação de quase tudo na indústria química, de solventes e detergentes a plásticos e fibras.[Imagem: Phil Badger/Renewable Oil Internatiional]

Óleo de pirólise

Os cientistas da Universidade de Massachusetts, nos EUA, comprovaram que é possível obter vários compostos químicos - incluindo benzeno, tolueno, xileno e olefinas - a partir do bio-óleo pirolítico, um combustível líquido obtido da biomassa que é muito barato.

O novo processo tem potencial para reduzir ou até mesmo eliminar a dependência da indústria dos combustíveis fósseis. Estima-se que a indústria desses químicos industriais movimente cifras na faixa dos US$ 400 bilhões ao ano.

Os óleos de pirólise podem ser produzidos a partir de resíduos de madeira, resíduos agrícolas e de grãos não-alimentícios.

O novo processo transforma esses óleos de origem vegetal nos mesmos materiais usados na fabricação de quase tudo na indústria química, de solventes e detergentes a plásticos e fibras.

Petroquímicos verdes

A conversão de bio-óleo em compostos químicos industriais é uma meta perseguida em todo o mundo. Mas os processos desenvolvidos até agora tinham rendimento muito fraco para serem comercialmente competitivos.

"Mas aqui nós mostramos como atingir um rendimento três vezes maior do óleo de pirólise. Nós essencialmente estabelecemos uma rota para converter os óleos de pirólise de baixo valor em produtos com um valor maior do que os combustíveis líquidos usados em transporte," afirmou George Huber, coordenador da pesquisa.

Em um artigo publicado na revista Science, Huber e seus colegas mostram como fazer olefinas, tais como etileno e propileno, a matéria-prima de muitos plásticos e resinas, além de compostos aromáticos, como benzeno, tolueno e xilenos, usados em tintas, plásticos e poliuretano, a partir de óleos de pirólise de biomassa.

Reação ajustável

Os pesquisadores desenvolveram uma abordagem catalítica integrada em duas etapas, que começa com um estágio "ajustável" de hidrogenação de reação variável.

A segunda etapa usa um catalisador à base de zeólitas, um mineral que tem a estrutura porosa adequada e locais ativos para converter as moléculas da biomassa em hidrocarbonetos aromáticos e olefinas.

No artigo, os pesquisadores discutem como escolher entre três opções, incluindo as etapas de hidrogenação de baixa e alta temperatura, bem como a conversão com zeólitas, de forma a obter os melhores resultados.

Os dados indicam que "a proporção de olefinas-aromáticos e os tipos de olefinas e aromáticos produzidos podem ser ajustados de acordo com a demanda do mercado."

Os pesquisadores construíram uma usina-piloto para testar todas as variáveis, que já está em funcionamento, produzindo os químicos em pequena escala.


Acesso em: 13 mar. 2013.

Postado por: Regina Guimarães

Novos Integrantes do Grupo



 Na última quinta-feira (28/02) o grupo se reuniu, apresentando para os novos integrantes como produzir biodiesel utilizando a rota mista.






Descoberto Petróleo no Espaço

Petróleo espacial

Para quem acreditava que o pré-sal era a fronteira final do petróleo, os astrônomos têm uma surpresa.

Eles descobriram "indicações de vastas reservas de petróleo na Nebulosa Cabeça de Cavalo".

A Nebulosa Cabeça de Cavalo, localizada na Constelação de Órion, fica a 1.300 anos-luz da Terra, o que certamente a torna menos acessível do que os depósitos do pré-sal.
 
Mas a descoberta pode reavivar o interesse pelas teorias abióticas do petróleo, que afirmam que o valioso óleo pode ser de origem mineral, e não um composto fóssil oriundo da degradação de matéria orgânica.


Jérôme Pety e seus colegas descobriram os hidrocarbonetos interestelares - moléculas de C3H+ - usando o radiotelescópio de 30 metros do Instituto de Radioastronomia Milimétrica (IRAM), na Espanha.

A Nebulosa Cabeça de Cavalo está sendo chamada pelos astrônomos de "refinaria cósmica". [Imagem: ESO]

Refinaria cósmica

Devido à forma peculiar e facilmente reconhecível que lhe deu o nome, a Nebulosa Cabeça de Cavalo é um dos objetos celestes mais fotografados pelos astrônomos.

Mas é também um fantástico laboratório de química interestelar, onde o gás de alta densidade, aquecido pela luz de uma estrela supermaciça, continuamente interage e desencadeia reações químicas em muitos níveis.

A molécula C3H+ descoberta pelos astrônomos pertence à família dos hidrocarbonetos, sendo parte das fontes de energia mais utilizadas hoje em nosso planeta, o petróleo e o gás natural.

A descoberta do "petróleo espacial", segundo os pesquisadores, "confirma que esta região é uma ativa refinaria cósmica".

Hidrocarbonetos no espaço

A equipe detectou e identificou 30 moléculas na região da Nebulosa Cabeça de Cavalo, incluindo vários pequenos hidrocarbonetos, as moléculas que compõem o petróleo e o gás natural.

O que mais surpreendeu foi a quantidade do "petróleo espacial".

"A Nebulosa contém 200 vezes mais hidrocarbonos do que a quantidade total de água na Terra," disse Viviana Guzman, membro da equipe.

Além dessas moléculas menores, os astrônomos identificaram a presença do íon propinilidina (C3H+), que foi detectado no espaço pela primeira vez.

Os astrônomos descobriram o petróleo espacial usando o radiotelescópio de 30 metros do Instituto de Radioastronomia Milimétrica (IRAM), na Espanha. [Imagem: IRAM]

Origem do petróleo no espaço

Mas como esse "petróleo do espaço" se forma?

Em seu artigo, Pety e seus colegas propõem que os hidrocarbonetos espaciais resultam da fragmentação de moléculas carbonáceas gigantes, chamadas PAHs (hidrocarbonos policíclicos aromáticos, na sigla em inglês).

Essas moléculas enormes podem ser intemperizadas pela luz ultravioleta, produzindo a grande população de hidrocarbonetos menores que foram encontrados.

Esse mecanismo pode ser particularmente eficiente em regiões como a Nebulosa Cabeça de Cavalo, onde o gás interestelar está diretamente exposto à luz de uma estrela gigante situada nas proximidades.

"Nós observamos o funcionamento de uma refinaria de petróleo natural de dimensões gigantescas," disse Pety.

Pety é responsável pelo projeto Whisper, que foi criado justamente para estudar essa "refinaria cósmica", sob coordenação do Instituto Max Planck de Radioastronomia, na Alemanha.



Acesso em: 16 dez. 2012.

Postado por: Regina Guimarães