Biocombustíveis podem ser solução para poluição dos aviões

Poluição dos aviões

A aviação é responsável pela emissão de 2% de gás carbônico e de 3% de todos os tipos de gases de efeito estufa (GEEs) e poderá triplicar esses números até 2050 se nenhuma ação for tomada.

O alerta foi dado por Guilherme Freire, diretor de estratégias em meio ambiente e tecnologias da Embraer, em apresentação na primeira BBEST - Conferência Brasileira de Ciência e Tecnologia em Bioenergia (Brazilian Bioenergy Science and Technology Conference), que ocorre até o dia 18 de agosto em Campos do Jordão, interior de São Paulo.

Segundo o executivo, a aviação emitiu 628 milhões de toneladas de gás carbônico em 2010, e as projeções indicam que as emissões chegarão à casa do 1,2 bilhão ou 1,4 bilhão de tonelada em 2030, dependendo do cenário de crise ou crescimento econômico.

A expansão está relacionada especialmente ao desenvolvimento do setor nos países em desenvolvimento.

"Apesar da elevação das emissões, a aviação evoluiu tecnologicamente para reduzi-las, especialmente no que se refere ao aumento da eficiência dos combustíveis. Se o desenvolvimento tecnológico tivesse estacionado ao obtido nos anos 1990, o setor estaria emitindo 1 bilhão de toneladas de gás carbônico hoje. A meta global do setor é reduzir em 50% as emissões em 2050, comparado com os números de 2005", disse.

Biocombustíveis para aviões

Freire explicou que o uso de biocombustível não pode requerer mudanças drásticas nos aviões ou nos motores existentes, por questão de custo. "Qualquer alteração substancial na configuração de um avião ou em seu motor gera impactos, principalmente na questão da segurança, o que eleva o preço do avião e pode tornar inviável o uso de biocombustível", destacou.

Também para não ampliar os custos, é preciso obter biocombustíveis que possam ser misturados ao já utilizado e que não precisem de infraestrutura específica e diferenciada para serem utilizados.

Do ponto de vista técnico, um dos maiores desafios é manter a estabilidade térmica e a boa fluidez nas altas altitudes. Do contrário, pode haver congelamento do combustível nos tanques.

"Ou seja, bioetanol e biodiesel para automóveis não são compatíveis com as demandas requeridas pelo biocombustível para aviação. É preciso harmonizar, em nível global, os critérios de sustentabilidade", disse Freire.

Competição pela biomassa

Ele também afirmou que a diversificação de matérias-primas para biocombustíveis é uma preocupação. "Não só a aviação precisa ser sustentável, mas outros segmentos da indústria também. A competição pela biomassa entre indústrias é uma questão-chave", apontou.

Entre as aplicações industriais que levam à competição pelo uso da biomassa, Freire identificou o combustível para automóveis, para aviação, para veículos pesados, como caminhões, e para produção de lubrificantes, produtos da química fina e polímeros.


Freire também falou sobre alguns testes já feitos por companhias aéreas com o uso de biocombustíveis, como o da Continental Airlines, em 2009, que usou alga e jatropha (planta da família Euphorbiaceae) como matéria-prima e uma mistura de 50% desse biocombustível em um dos motores.

Outro exemplo é o da TAM, que em novembro de 2010 usou jatropha e também 50% de mistura em um motor. Um dos últimos testes em voo foi feito em 1º de abril deste ano, pela Interjet, com uma mistura de 27% de biocombustível produzido a partir da jatropha em um motor.

Primeiro biocombustível para aviação

O executivo da Embraer citou a ASTM 4054 (Standard Practice for Qualification and Approval of New Aviation Turbine Fuels and Fuel Additives), iniciativa internacional para certificação do primeiro biocombustível para aviação comercial e que envolve empresas como Boeing, Airbus, Honeywell, Rolls Royce, GE e outras.

Em julho de 2011, a ASTM certificou o primeiro processo para produção de biocombustível, chamado de HEFA (Hydroprocessed Esters and Fatty Acids) - ésteres hidroprocessados e ácidos graxos).

No Brasil, Embraer, Amyris, GE e a empresa aérea Azul participam de um consórcio que está desenvolvendo o processo DSHC (Direct Sugar to Hidrocarbon Process), um dos que devem ser certificados pela ASTM até 2015.

Junto com as empresas Amyris e Virent, o processo usa reações catalíticas e fermentação bioquímica feita por organismos geneticamente modificados para produzir as moléculas de hidrocarbonetos para o biocombustível. O produto será testado pela Azul no ano que vem.


Acesso em: 28 ago. 2011.

Postado por: Regina Guimarães


A força do Sol - Superinteressante

Utilizadas a princípio nos satélites, as células de energia fotovoltaica desceram à Terra e fazem a luz do dia virar eletricidade.

Utilizadas a princípio nos satélites, as células de energia fotovoltaica desceram à Terra e fazem a luz do dia virar eletricidade. Transformar a luz do Sol diretamente em energia elétrica parece enredo de ficção científica. Mas desde que um satélite americano lançado em 1959 foi assim alimentado, a energia fotovoltaica, nome dessa quase mágica, deixou de ser sonho futurista. A técnica de usar pequenas lâminas para captar a luz do Sol e gerar eletricidade foi lentamente saindo dos laboratórios até chegar à aplicação prática na vida cotidiana. Hoje, a forma mais banal de energia fotovoltaica se encontra nos relógios e calculadoras solares. A aplicação mais importante, porém, é fornecer energia em lugares isolados, distantes das redes elétricas, o que a longo prazo pode significar uma bela solução para países subdesenvolvidos. Energia fotovoltaica é bem diferente de energia solar termal, que já existe até em residências, onde o calor do Sol é usado para aquecer água. A conversão da luz em eletricidade é feita pelas células fotovoltaicas, pequenas lâminas circulares recobertas por uma camada de décimos de milímetro de um material semicondutor, como o silício — o mesmo usado nos chips de computadores. Quando as células são expostas a uma fonte de luz, nesse caso o Sol, os fótons (partículas de luz) excitam os elétrons do semicondutor.

Com a energia absorvida dos fótons, os elétrons passam para a banda de condução do átomo e criam corrente elétrica, que será captada por pistas metálicas. As células são depois agrupadas para formar os painéis solares. Essa forma de produzir energia não causa danos ao meio ambiente, não polui e normalmente não precisa de movimentos de máquinas para funcionar. Nem por isso é a solução para todos os problemas energéticos do mundo. A energia fotovoltaica ainda é mais cara do que a proveniente de petróleo, usinas nucleares ou hidrelétricas. Foi só a partir da primeira grande crise do petróleo, no começo da década de 70, que a idéia de se usar tal energia comercialmente ganhou corpo. Naquela época, a produção de energia fotovoltaica custava nos Estados Unidos 60 dólares por kilowatt/hora. Com o desenvolvimento em laboratórios e o aumento da produção, hoje custa cerca de 30 centavos de dólar por kilowatt/hora, e mesmo assim o preço é cinco vezes superior ao das formas de energia convencionais. Por isso, não se pensa em substituir usinas por painéis solares, fazendo o mundo todo viver à luz do Sol. A energia fotovoltaica simplesmente apresenta melhores soluções para problemas que as outras fontes de energia foram menos eficientes em resolver.

A maior utilização em larga escala acontece na Califórnia, Estados Unidos, onde foram implantadas centrais elétricas fotovoltaicas pioneiras de grande porte. Compostas por gigantescos painéis com milhares de células, controlados por computador para acompanhar a trajetória do sol tal qual girassóis, elas dão suporte à rede pública fornecendo mensalmente centenas de megawatts. Os painéis solares cobrem o aumento de consumo justamente ao meio-dia, quando o sol é mais intenso e a demanda de eletricidade aumenta, porque os aparelhos de ar condicionado funcionam com potência máxima. Para substituir toda a produção de energia elétrica dos Estados Unidos por fontes de origem fotovoltaica, seria preciso um painel solar de 34 000 quilômetros quadrados, ou 0,37 por cento da área total do pais.

Quando se domina a tecnologia, a quantidade de aparelhos que surge é bem extensa. Com energia fotovoltaica já se criaram um equipamento de medição de emissões radioativas, dispensando qualquer tipo de bateria ou conexão à tomada, aparelhos de análises sangüíneas e até uma caixa de ferramentas que serve de módulo de energia fotovoltaica para a furadeira.

Na costa americana, existem hoje mais de 11 000 sinalizadores marítimos alimentados por energia fotovoltaica. As vantagens são evidentes: antes, eram substituídos aproximadamente 200 quilos de baterias por ano; com as células solares é suficiente trocar apenas 30 quilos de bateria a cada cinco anos. Já em países subdesenvolvidos e escassamente povoados, a energia fotovoltaica é a melhor maneira de fazer chegar eletricidade em lugares distantes. Hoje já existem, inclusive no Brasil, estações retransmissoras das redes de telecomunicações, em locais no meio do mato e de difícil acesso, dotadas de células fotovoltaicas para a produção da eletricidade necessária. É uma solução economicamente mais viável do que estender até lá a linha de uma rede hidrelétrica. Na Índia, um projeto levou a 700 vilarejos distantes de grandes centros a energia fotovoltaica, que permite aos povoados ter uma televisão comunitária, bombeamento de água, iluminação pública e postos telefônicos.

No âmbito doméstico, com painéis fotovoltaicos e baterias recarregáveis é possível contar com energia elétrica durante as 24 horas do dia, em qualquer parte do mundo. Para eletrificar uma casa de campo ou uma fazenda, não é necessário estender a rede elétrica, depender de gigantescas baterias ou do funcionamento de um gerador a diesel. Pode-se obter um equipamento completo de energia fotovoltaica para alimentar, silenciosamente e sem necessidade de manutenção, a iluminação, a geladeira, a TV e o sistema de radioamador. À noite, quando o sol não brilha. a energia vem de uma bateria que foi sendo carregada durante o dia.

Embora cresça 25 por cento ao ano, o mercado de energia fotovoltaica ainda é pequeno. A potência elétrica total instalada no mundo é de 40 megawatts — uma central energética convencional produz sozinha vinte vezes mais. Prevê-se que apenas pela virada do século a energia do Sol possa se tomar competitiva. Um grande passo será dado logo em 1992, quando deverá entrar em operação a primeira central solar de 50 megawatts da Califórnia, onde o Estado investe para complementar a demanda de eletricidade diurna. Outro forte impulso virá dos laboratórios, com o aperfeiçoamento da tecnologia. que permitirá maior eficiência e diminuição nos custos.

A fabricação de células solares é parecida com a produção dos chips de computadores, baseada em materiais semicondutores. Depois de purificado, o silício é fundido num cristal cilíndrico. Depois, esse cristal será cortado por uma serra de dentes de diamante em fatias muito finas. Essas lâminas passam por etapas de limpeza e recozimento em fornos de alta temperatura, quando se difunde fósforo sobre elas.

A reunião de uma camada contaminada com fósforo ao silício puro constitui a junção semicondutora responsável pelo funcionamento da célula fotovoltaica. O passo seguinte é a impressão das pistas metálicas captadoras da energia elétrica liberada. A célula está pronta para ser montada nos painéis. No princípio dos anos 80, a matéria-prima das células fotovoltaicas, o caríssimo silício monocristalino, tinha grau de eficiência de 10 por cento.

Ou seja, de toda a luz do Sol que incidia sobre a célula, apenas 10 por cento viravam energia elétrica. Na fabricação em escala industrial, esse índice subiu para 15 por cento. O grau de eficiência máximo conseguido até agora em laboratório é de 28,5 por cento. Um sílicio monocristalino é um cristal perfeito, com seus elementos dispostos de forma ordenada, como os apartamentos de um prédio. Custa caro porque muita energia é gasta para produzi-lo Existe também o silício policristalino, mais barato, porque consome menos energia em sua produção, onde os grãos são maiores e mais desorganizados, como se em lugar de um prédio houvesse um monte de casas sobrepostas. O policristalino ganha no fator custo mas perde na eficiência, pois seu rendimento máximo obtido até hoje é de 14 por cento.

Outro concorrente nessa disputa é o silício amorfo, desenvolvido em camadas não cristalinas. Diferentes das células solares, que têm o tamanho de um pires, os módulos amorfos são compostos por camadas de milésimos de milímetro de espessura, depositadas, por meio de gases, sobre lâminas de vidro ou de aço. Não há limite para o tamanho das células de silício amorfo: usinas automatizadas podem produzi-las em metros quadrados. As primeiras fábricas européias desses módulos fotovoltaicos estão em Munique, na Alemanha. O silício amorfo permite a fabricação de produtos sofisticados, como o teto solar que refrigera automóveis enquanto estão estacionados.

Com ele, também pode se tornar possível a produção de energia solar em grande escala. Em pouco tempo, as centrais ou usinas elétricas fotovoltaicas, com dimensões de quilômetros quadrados, deixarão provavelmente de ser uma utopia. Basta apenas que se consiga baratear a fabricação desse tipo de módulo, que possibilitará um dos projetos mais fascinantes para a aplicação da energia fotovoltaica. As fachadas dos grandes edifícios de escritórios, com seus milhares de metros quadrados de vidro, são ideais para receber um revestimento de silício amorfo. Assim, elas poderiam converter a luz do dia em eletricidade e atender parte da demanda energética do edifício. As primeiras experiências nesse sentido estão sendo feitas em Tóquio, no Japão.

As células solares das calculadoras de bolso nada mais são que plaquinhas de silício amorfo com um rendimento muito baixo, de apenas 3 por cento. Esse é justamente um dos problemas dessa tecnologia. O grau de eficiência alcançado até agora em células de grande dimensão é de 5 por cento, muito pouco para torná-lo comercialmente viável em demandas energéticas maiores do que uma calculadora. Outro problema é conseguir no amorfo a mesma estabilidade do silício mono ou policristalino, que mantém suas propriedades por vários anos. Em laboratório, a melhor marca alcançada foi de 15,6 por cento de rendimento, numa nova mistura de silício com cobre, índio e selênio.

A idéia que move as pesquisas e as aplicações da energia fotovoltaica não é substituir toda fonte de energia do mundo pela solar. Mesmo assim, os pesquisadores com olhos no futuro divisam grandes usinas fotovoltaicas instaladas em regiões desérticas com grande insolação. A estocagem da eletricidade produzida se daria pela produção de hidrogênio por eletrólise — hidrogênio que poderia se tornar no próximo século o principal combustível utilizado pelo homem. A curto prazo, a energia fotovoltaica tem a vantagem de ser autônoma. Ela é produzida e consumida no mesmo lugar, sem necessitar de ligação a redes de distribuição de energia. Uma residência dotada de painéis solares poderia até vender o possível excesso de energia que produzisse.


Acesso em: 23 ago. 2011.

Postado por: Regina Guimarães

Tela LCD vira painel solar para recarregar baterias

Polarizador solar

Que tal usar a tela do seu computador, celular ou tablet para recarregar as baterias do próprio aparelho?

Esta é a proposta de um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

Para isso, eles criaram um polarizador fotovoltaico, um dispositivo capaz de capturar a luz ambiente através da tela e convertê-la em eletricidade.

Na verdade, mesmo a luz de fundo usada para fazer funcionar as telas LCD (backlight) pode ser convertida em energia e reaproveitada.

Esta é mais uma alternativa no emergente campo da colheita de energia, que visa capturar ou reaproveitar energia do ambiente.

Esta é mais uma alternativa no emergente campo da colheita de energia, que visa capturar ou reaproveitar energia do ambiente. [Imagem: Zhu et al./Wiley]

Eficiência das telas LCD

As telas LCD possuem uma fonte de luz traseira, que passa por dois filtros polarizadores antes de chegar aos olhos do usuário.

Entre esses dois filtros estão as moléculas de cristal líquido. Controladas por minúsculos transistores, elas funcionam como pequenas válvulas, que abrem e fecham para deixar ou não a luz passar, formando os pixels da tela.

Em termos energéticos, as telas de LCD são ineficientes. A fonte de luz traseira chega a responder por até 90% do consumo de energia do dispositivo. Ainda que, em média, 75% da luz emitida nunca chegue aos olhos do usuário, barrada pelas moléculas de cristal líquido que, em cada momento, respondem pelos pixels apagados.

Polarizador orgânico fotovoltaico

Os pesquisadores criaram agora um polarizador orgânico fotovoltaico, que funciona simultaneamente como polarizador e como um painel fotovoltaico.

O filtro pode aproveitar a luz desperdiçada do backlight, reciclando sua energia, mas também pode capturar a luz ambiente ou mesmo a luz do Sol.

Segundo os pesquisadores, coletar a luz ambiente seria suficiente para recarregar a bateria dos aparelhos quando estes estiverem sem uso.

O próximo passo da pesquisa é negociar com empresas do ramo para tentar incorporar a tecnologia em produtos reais.


Acesso em: 19 ago. 2011.

Postado por: Regina Guimarães

Biocombustíveis em Curitiba-PR



Acesso em: 14 de agosto de 2011

Postado por: Priscilla Ferreira

Implementação da Escala Piloto para a Escala Industrial







As fotos foram tiradas durante o processo de produção do biodiesel, na empresa Eco-Biosul do Brasil, antes executado em estala piloto, agora em escala industrial. O produto final foi recolhido para análises laboratoriais.
Data de produção: 05 de ago. 2011

Postado por: Regina Guimarães

7 construções verdes do futuro

Já imaginou como serão os prédios do amanhã? Confira a seguir uma seleção de projetos sustentáveis fora do comum.

China quer "Vale do Silício" verde

A área montanhosa de Miaofeng, localizada a cerca de 30 km a oeste de Pequim, está com os dias contados para se tornar uma espécie de Vale do Silício ecológico. Próxima à metrópole urbana de Beijing, a nova cidade vai combinar institutos de pesquisa científicas com foco em inovação, meio ambiente e desenvolvimento de tecnologias de ecoeficiência urbana.

Além disso, o projeto prevê a criação de vilas sustentáveis, com capacidade para até 50 mil pessoas. Quem assina o design é a empresa finlandesa Eriksson Architects, em colaboração com a consultoria Eero Paloheimo. Com ambições de ser neutra em carbono, o Mentougou Eco Valey pretende reduzir em um terço a sua pegada ambiental, quando comparada a de uma cidade tradicional e de tamanho similar. Atualmente, o projeto aguarda aprovação das autoridades chinesas para poder captar recursos junto a investidores.

Coréia do Sul é dominada por "montanhas verdes"

Gwanggyo é um bairro planejado da cidade de Seul, Coréia do Sul. Idealizado pelo escritório MVRD para abrigar cerca de 77.000 habitantes, o projeto venceu um concurso para um novo centro urbano no país. Os edifícios são compostos por anéis de deslocamento, que servem a um propósito duplo: disponibilizam espaços amplos nos terraços e permitem a criação de átrios interiores que podem ser utilizados para reuniões públicas. Toda a cobertura dos edifícios e os terraços foram concebidos com um sistema de circulação que permite a manutenção, irrigação e armazenamento de água. As construções futuristas abrigarão escritórios, residências e centros comerciais.

Masdar City, o futuro nasce em Abu Dhabi

A primeira cidade carbono-zero é uma visão do futuro que está virando realidade em pleno deserto árabe. Em construção nas areais do emirado de Abu Dhabi, Masdar City quer se tornar um exemplo mundial de comunidade sustentável e auto-suficiente em energia - a qual será garantida quase na totalidade por sistema solar.

A iniciativa vai abrigar 40 mil habitantes e 1,5 mil empresas de tecnologia limpa, além do já operante Masdar Institute of Science and Technology, uma universidade com foco em pesquisa e inovação, desenvolvida em cooperação com o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e o Imperial College. O Emirado planeja suprir 7% de suas necessidades energéticas com fontes renováveis em apenas uma década. Há dois anos em construção, sob tutela da firma Foster & Partners, e orçada em 22 bilhões de dólares, Masdar City deverá ser concluída em 2016.

Hong Kong vai ganhar um porto ecológico

Longe de um exercício de futurologia, Hong-Kong começou a construir há pouco mais de uma semana aquele que pretende ser o primeiro terminal portuário sustentável do mundo. Projetado pelos escritórios de design Kai Foster Partners, ele vai ocupar as pistas de um aeroporto abandonado que fica a leste do tradicional porto local do país.

Destinado, em princípio, para receber os navios de cruzeiros, o terminal terá outras atrações, como um imenso parque verde no topo, além de uma ampla área livre para a realização de eventos a beira mar. Os salões principais, que chegam até 70 metros de pé direito, foram meticulosamente projetados para aproveitar ao máximo a incidência de luz natural.

Zorlu Ecocity, uma cidade dentro da outra

O tráfego de veículos e pessoas no centro histórico de Istambul, na Turquia, é tão intenso que os gestores da cidade estão tentando multiplicar o número de centros urbanos locais para preservar as áreas mais antigas. Zorlu Ecocity faz parte desse plano. Como uma cidade dentro de outra, esse centro sustentável e 100% planejado serviria à comunidade como uma cidade comum, um lugar para ser viver e trabalhar – só que sem o caos do trânsito, a aridez da paisagem e a poluição sonora e visual caracteristicamente urbanoides.

Suas 14 torres verdes terão entre 8 e 26 apartamentos cada e abrigarão residências, escritórios, hotéis e até mesmo um centro de repouso para idosos. E nada de estacionamento nas ruas, atrapalhando o trânsito e a travessia de pedestres: a cidade poderá receber até seis mil carros em um porão subterrâneo de sete andares. Farta de espaços verdes, o projeto de Zorlu foi concebido pelo badalado escritório oriental de 'eco-arquitetura' Yeang Llewelyn Davies.

Swimming City, uma cidade flutuante para prática esportiva

Em razão do derretimento das calotas polares, os seres humanos serão obrigados a viver em embarcações ou cidades flutuantes, em meados do terceiro milênio. Essa predição nada agradável é, na verdade, o pano de fundo da produção americana "Waterworld", estrelada por Kevin Costner, em 1995. Apesar de fictício, o cenário serve de inspiração para projetos futurísticos em um mundo severamente afetado pelas mudanças climáticas.

É o caso da plataforma flutuante "Swimming City", uma cidade sustentável voltada para programas de bem estar, práticas esportivas, entretenimento e "o que mais você puder imaginar", segundo seu criador, o húngaro Andras Győrfi, de 27 anos, vencedor do concurso americano de design gráfico Seastead. À semelhança de um flutuante "Club Med", a cidade convida ao relaxamento, com seus equipamentos de lazer, uma grande piscina, anfiteatro ao ar livre, heliporto, entre outros atrativos. Carros não têm lugar aí, já que cada esquina é facilmente acessada a pé por caminhos paisagísticos.

No deserto do Qatar, surge um “prédio cacto”

O Ministério das Relações Municipais e da Agricultura do Qatar, no Oriente Médio, está preparando a construção de um novo prédio comercial que tem a forma de um cacto. Desenhado por um escritório de arquitetura tailandês, o edifício se utiliza de estratégia semelhante a de um cacto para sobreviver no ambiente quente e seco, característicos dos desertos árabes.

A exemplo daquela planta, que durante a noite “transpira” para reter a água ao longo do dia, a construção também contará com um sistema que abre e fecha ventanas, criando sombras e controlando a temperatura interior de acordo com as variações de temperatura. O projeto é parte de um programa bilionário de incentivo à construção verde para racionalizar o uso de energia no país.
Acesso em: 10 ago. 2011.

Postado por: Regina Guimarães






Caminhos da Energia - Energia é tudo - CPFL

Caminhos da Energia é o novo programa do Canal Futura, produzido em parceria com a CPFL Energia e apresentado pelo navegador Amyr Klink. Em formato documental, a série mostra como a energia está presente em nosso dia dia e reflete sobre as possibilidades de seu uso de forma eficiente e sustentável, para garantir o bem estar das pessoas no planeta.

A série apresenta as diversas formas de energia usadas desde os primórdios até as descobertas tecnológicas que aceleraram o desenvolvimento dos países e proporcionaram mais conforto às sociedades. O programa mostra também como a preocupação com os recursos finitos de fontes energéticas levaram à busca pelo uso de fontes renováveis e menos nocivas ao meio ambiente.

Com foco no Brasil, Caminhos da Energia traça um mapa da atual matriz energética brasileira e aponta as possibilidades de geração, distribuição e consumo de energia. O programa traz entrevistas de mais de 50 especialistas que apresentam o contexto histórico, mostram números e opinam sobre os diferentes caminhos que o Brasil pode seguir para diminuir o impacto da geração e consumo de energia no meio ambiente.

Amir Klink costura os conteúdos desta questão por meio de intervenções sobre suas experiências pessoais e reflexões desenvolvidas sobre o tema. "O barco é uma espécie de unidade para pensar de forma eficiente o uso de energia", diz Klink, que contou também já ter percebido as mudanças climáticas por que passa o planeta em suas viagens para a Antártica. A parceria entre Canal Futura e CPFL Energia produziu ainda uma série homônima de interprogramas que trazem dicas para evitar o desperdício de energia e serão exibidas nos intervalos da programação.


Acesso em: 08 ago. 2011.

Postado por: Regina Guimarães

Pneus produzem energia para recarregar baterias

Os pesquisadores da Universidade de Ontário, no Canadá, Noaman Makki e Remon Pop-Iliev, voltaram sua atenção para os nanogeradores, minúsculos fios piezoelétricos que estão sendo pesquisados sobretudo para a alimentação de pequenos equipamentos portáteis. Os materiais piezoelétricos transformam uma deformação mecânica em energia elétrica - assim, basta dobrá-los para um lado e para o outro para que eles gerem eletricidade.Os dois engenheiros decidiram inserir os nanogeradores dentro dos pneus, que se deformam naturalmente durante o rodar normal de um veículo, devido à sua flexibilidade e às oscilações do piso.

Submetidos à deformação constante dos pneus, os nanogeradores podem produzir uma quantidade razoável da energia - quanto mais rápido o carro estiver rodando, e quanto maior for o aro do pneu, mais energia é gerada. Os nanofios de PZT (as iniciais químicas dos elementos usados na liga piezoelétrica titanato zirconato de chumbo) já foram usadas em pneus antes, mas apenas para alimentar os sensores que monitoram a pressão dos pneus, que não precisam funcionar continuamente.

Pneu gerador

Para gerar uma maior corrente, os pesquisadores verificaram que é necessário cobrir uma área maior da superfície interna do pneu com os nanogeradores. Em seu protótipo, eles usaram uma malha de 4 x 40 fios, colada no interior de um pneu aro 14 com um adesivo flexível. Com o veículo rodando a 100 km/h - o que equivale a uma rotação do pneu de 854 giros por minuto - a malha piezoelétrica de teste produziu 2,3 watts, de forma sustentada, por pneu.

Usando uma segunda camada de nanogeradores, superposta à primeira, a produção de energia saltou linearmente para 4,6 watts, o que demonstra o potencial da tecnologia, uma vez encontrada a cobertura ótima de nanofios no interior de toda a área interna do pneu. A energia gerada é inicialmente armazenada em um capacitor, e passada para o interior do veículo por um comutador, que mantém um contato contínuo entre a o chassi e a roda em movimento.


Disponível em: http://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/8029-pneus-produzem-energia-para-recarregar-baterias
Acesso em: 04 ago. 2011.

Postado por: Regina Guimarães