Projeto especial de iluminação em estrada foi desenvolvido para garantir a segurança dos motoristas e preservar o equilíbrio do ecossistema de um dos mais belos pontos de Santa Catarina
Há décadas a rodovia atrai turistas de todo o Brasil por sua beleza singular. Encravada em rocha natural, a SC 438 (Rodovia Irineu Bornhausen) contorna um cânion profundo de 1.460 metros em relação ao nível do mar. Em meio a um cenário destes, a implantação de uma instalação elétrica eficiente, que preserve o ecossistema e garanta a segurança é, no mínimo, um desafio de grandes proporções.
O resultado é impressionante. Vista de longe à noite, a rodovia é um grande traçado luminoso que rasga a imponente serra. Quem por ela trafega encontra uma iluminação potente e direcionada diretamente para a pista, o que garante a segurança do motorista sem influir no restante do ecossistema.
É esta harmonia entre o meio ambiente e a estrada o que mais chama a atenção. A serra é mantida na escuridão, proporcionando um ambiente sem perturbações para a fauna local. Os postes são verdes e os fios não ficam expostos para não causar impacto visual na paisagem.
“Nossa intenção era criar uma estrada de luz que iluminasse apenas a pista, sem interferir na paisagem”, explica Gilberto dos Passos Aguiar, engenheiro eletricista da Celesc e responsável pelo projeto. “Este aspecto ecológico e a segurança que a obra vai trazer para a rodovia certamente contribuirão com a fomentação do turismo na região“, conclui.
Precipícios, curvas e desníveis
Além de evitar a poluição visual, uma outra preocupação do projeto foi a garantia da segurança dos animais e das pessoas, principalmente no que diz respeito aos choques elétricos. Para alcançar este objetivo, as empresas envolvidas optaram pelo tipo de instalação que mais tem se desenvolvido no País nos últimos tempos: as redes subterrâneas de distribuição de energia.
Enterrados dentro de dutos, estes condutores proporcionam confiabilidade total à rede e praticamente dispensam manutenções. Em outras palavras, as instalações subterrâneas significam praticidade, economia e confiabilidade.
“O grande desafio deste projeto foi driblar a dificuldade e a periculosidade das condições de trabalho que a região oferece”, conta Cleverson Francisco Zardo, engenheiro da Luminar e responsável pela execução das obras. “Os circuitos passam pelo lado de fora da mureta de proteção da estrada, à beira de um enorme abismo, o que exigiu de nosso pessoal medidas de segurança muito rígidas e grande empenho durante os trabalhos de instalação“, acrescenta.
Além de acidentado, o terreno também é rochoso e difícil de perfurar. Desta forma, foram necessários não apenas o uso de equipamentos de segurança e a adoção de medidas de proteção, mas ainda a utilização de uma aparelhagem adequada para enfrentar as adversidades do relevo.
A escolha dos materiais foi uma das principais razões do sucesso da obra. A equipe optou por soluções modernas e apropriadas. Um exemplo foi à adoção dos cabos Pirelli isolados em borracha (EPR). Foram 8 mil metros de cabos Eprotenax para a rede de alta tensão (15/25 kV, seção 35 mm²) e outros 30 mil metros de cabos flexíveis Eprotenax Gsette para as instalações de baixa tensão (0,6/1 kV, seção 25 mm²). Com ótima aceitação entre os instaladores, os cabos Eprotenax Gsette estão no mercado nacional há três anos e neste espaço de tempo já se tornaram um sucesso de vendas.
“Trabalhamos com a Pirelli há anos e sempre recorremos à confiabilidade e alta qualidade de seus produtos”, conta Gilberto, da Celesc. “Esta garantia de qualidade é fundamental em um projeto tão complexo e de tamanha responsabilidade”, complementa Cleverson, da Luminar.
Ligando o litoral e a serra
Hoje o turismo é o principal foco da Serra do Rio do Rastro, mas a origem desta trilha está relacionada também ao progresso da economia e à expansão do Estado. Os primeiros habitantes do local foram os índios Kaingangs e Xoklengs, do ramo Tapuia, que ali desfrutavam de abundante fonte de alimentação, com destaque para os pinhões da serra e os peixes do litoral.
Iluminação funcional e harmônica
Confira os números da instalação na Serra do Rio do Rastro:
11 transformadores 15 kVA monofásicos protegidos por cabines especiais contra vandalismo;
Acesso em: 01 jul. 2011.
Postado por: Regina Guimarães
0 comentários:
Postar um comentário