O lixo pode ser transformado em energia limpa

Transformar o lixo das cidades em energia limpa é a proposta do Engenheiro Daniel Sindicic, Doutor na área de tratamento de resíduos sólidos e especialista em desenvolvimento sustentável.

Dados do IBGE indicam que no Brasil são gerados, diariamente, cerca de 140 mil toneladas de resíduos domiciliares, dos quais 70 mil toneladas são destinadas de forma totalmente inadequada nos lixões e o restante vai para aterros sanitários.  Isso sem contar as 4 mil toneladas de resíduos produzidos pelos serviços de saúde, coletadas diariamente, das quais apenas 14% são tratadas adequadamente.


A falta de tratamento adequado dos resíduos em geral, a nova ocupação sucessiva de locais para deposição à medida que os mais antigos vão se esgotando, a própria escassez de espaço nas áreas urbanas, tudo isso vem gerando um problema cada vez maior e apresentando prejuízos incalculáveis para nossa sociedade em geral. Do ano de 1990 ao ano de 2000, a geração de lixo cresceu 49% enquanto a população cresceu apenas 19%. Dados do IBGE também estimam um crescimento populacional da ordem de 7,5 % nos próximos 10 anos. Isso significa que em 2019 seremos quase 206 milhões de habitantes no Brasil. E para onde vamos mandar tanto lixo?

Além de ser incentivador de ações que permitam maiores índices de redução e reciclagem, o Dr. Daniel Sindicic propõe a gestão de novas tecnologias para o tratamento dos resíduos sólidos urbanos. Para isso, ele acrescenta um novo “r” na tradicional lista dos 3 “Rs” do meio ambiente:

Os “Rs” ficam assim:

1 – Redução do consumo.
2 – Reutilização dos matérias.
3 – Reciclagem.
4 – RECUPERAÇÃO DE ENERGIA (RECICLANDO ENERGIA).

“Uma ótima solução para a destinação do lixo nas cidades é a GERAÇÃO DE ENERGIA a partir do tratamento térmico dos resíduos sólidos urbanos”, afirma o Doutor Sindicic.

Dentro dessa quarta proposta da RECUPERAÇÃO DE ENERGIA, observe o quanto de energia elétrica é produzida através da combustão de apenas 1 kg de lixo domiciliar, de acordo com o Doutor Sindicic.

Poderemos obter energia suficiente para operar:

- um secador de cabelos por 24 minutos.
- uma máquina de lavar por 20 minutos.
- uma geladeira por 2 horas e 52 minutos.
- uma TV por 5 horas e 45 minutos.
- um forno elétrico por cerca de 22 minutos.
- um ferro elétrico por 43 minutos.
- um computador por 5 horas e 45 minutos.
- uma lâmpada incandescente por 4 horas e 12 minutos.

Com apenas 1 kg de lixo, pode-se obter energia suficiente para tomarmos 8 banhos.

“O lixo urbano pode produzir calor e energia quando usamos tecnologias modernas para aplicar o quarto 'erre' – RECUPERAÇÃO DE ENERGIA – obtendo assim a ENERGIA LIMPA.” diz o Doutor Sindicic, phD pela USP na área de combustão e diretor da DDMA – Doutores do Meio Ambiente – “Atualmente existe tecnologia suficiente para tratarmos termicamente o lixo e obtermos energia limpa, sem agredir o meio-ambiente em nenhuma parte do processo”, afirma ele, com a propriedade de quem implantou o primeiro equipamento licenciado deste tipo no Brasil e atua a mais de 20 anos na área de tratamento de resíduos sólidos (incluindo resíduos perigosos, resíduos de tratamento de efluentes etc).

Além da recuperação de energia, se retomarmos o montante acima (140 mil toneladas lixo/dia) e aplicássemos o tratamento térmico, poderíamos evitar que aproximadamente 36 milhões de toneladas de CO2 seja lançada na atmosfera em um ano, o que seria uma ótima contribuição para reduzir o efeito do aquecimento global.

São Sebastião (litoral norte de São Paulo) poderá ser a primeira cidade brasileira a ganhar ENERGIA LIMPA através deste processo. Com o apoio da iniciativa privada e dos DDMA – Doutores do Meio Ambiente – está sendo implantado o primeiro projeto no Estado de São Paulo para geração de energia a partir dos resíduos sólidos urbanos. A fase de implantação, que é a primeira etapa do projeto, consiste no estudo do lixo, onde é realizado um levantamento minucioso da quantidade de lixo gerado pela região e o que cada resíduo irá gerar de energia limpa. Esse estudo e gerenciamento do projeto em andamento são realizados pelo Dr. Daniel Sindicic, pioneiro na nacionalização das tecnologias necessárias para o processo. “Essa nacionalização da tecnologia viabiliza a instalação dos equipamentos e a construção de uma unidade de recuperação de energia (URE) dentro dos padrões Europeus” afirma o Dr. Sindicic.

Acesso em: 15 fev. 2011.

Postado por: Regina Guimarães

1 comentários:

Patrícia Schmauch disse...

Pessoal, ótimo blog, parabéns pelo trabalho!

Vocês têm um e-mail para eu entrar em contato?

Obrigada!

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